PROGRESSÃO DA IDADE
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Palavras
Chave
Antropometria, Ergonomia, Craneometria,
Antropologia, Criminalística
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e-mail retratofalado@br.inter.net
Para localizar, precisamos inicialmente ter um rosto para procurar
A recuperação de uma criança que permanece desaparecida por alguns anos esbarra em obstáculos de tal ordem, que na maioria dos casos torna esta tarefa exaustiva e, muitas vezes sem qualquer resultado. Além das naturais dificuldades oferecidas pelo labirinto de pistas, ou até mesmo na falta delas, soma-se ainda o grave problema provocado pelas alterações dos traços faciais decorrentes do crescimento e hábitos adotados pelo desaparecido. Apenas o olhar agudo de técnicas periciais pode, através da análise de fotos e outros elementos complementares, aproximar uma possível identificação entre imagens pertencentes a épocas distintas, lembrando que o exame de DNA estará presente nas comprovações de identidade somente após a fase preliminar de buscas. As progressões da idade que projetam o crescimento facial, ajudam a fornecer um quadro mais atualizado de uma possível imagem facial como no caso de crianças desaparecidas. É um estudo multidisciplinar que necessita não só a utilização de ferramentas adequadas como também da criatividade do seu autor. Trata-se de experimentos recentes surgidos a apenas duas décadas diante da necessidade de busca por pessoas desaparecidas e ou aquelas motivados pela curiosidade em projetar anos à frente os traços característicos de alguma pessoa jovem, com o intuito de configura-la após anos de seu desenvolvimento. Tais trabalhos devem ser feitos por especialistas com conhecimento das transformações craniofaciais que ocorrem durante o desenvolvimento entre a infância, puberdade e assim por diante (Martuscelli, 2005). Ainda segundo Martuscelli (2005), alguns casos insolúveis se tornaram clássicos em razão da ampla divulgação dada pela imprensa, à exemplo do possível seqüestro do menino Guilherme Tiburtius que desapareceu aos oito anos de idade, em frente a residência de seus pais em Curitiba-Pr. Como estaria esse moço agora aos 23 anos de idade? A imagem que dele temos é a mesma estampada em cartazes de época.Outro caso que não quer cicatrizar é o que ora sou instado a opinar, o caso 'Carlinhos' seqüestrado nos idos 1973, retirado do seio de sua família que a época residia no Rio de Janeiro, mais precisamente na Rua Alice. Quem não se lembra do sorriso da criança bonita estampado em Jornal do Rio de Janeiro em manchetes por dias consecutivos? Como seria hoje o rosto provável desse senhor de 42 anos, Carlos Ramirez da Costa? Hoje, se ainda vivo, o modelo retratado teria completos 42 anos de idade e, portanto, suas fotos quando desaparecido em nada contribuiriam para sua localização, pois já demonstraram com o tempo sua ineficácia (Martuscelli, 2005).
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Quem tem mais de quarenta, guarda as lembranças do caso Carlos Ramires, o menino Carlinhos, após o seu misterioso desaparecimento em 1973. A
esperança familiar é tempestivamente despertada por possíveis
candidatos ao título do "filho e irmão" desaparecido em um conturbado
rapto na rua Alice. Como a ave mitológica surgida das cinzas, estes
"fortes candidatos" aparecem como o Phoenix, representado neste
triste episódio. Independentemente das versões polêmicas e chocantes que cercam este caso, n ós peritos e colaboradores estamos oferecendo uma pesquisa que, partindo de fotos familiares e aplicando técnicas forenses disponíveis, projetamos visões alternativas de um rosto para o adulto Carlinhos, historicamente com 42 anos, cuja modelagem talvez possa refletir a sua hipotética fisionomia atual. Para fornecer autenticidade à pesquisa, esta foi submetida às lentes de competentes peritos que julgaram e depuraram as projeções, dando-lhes maior realismo cronológico. Desta forma, com o intuito de oferecer definitivamente uma esperança de reconhecimento desta "criança" perdida em um canto qualquer do planeta, postamos este estudo na Internet para posterior divulgação em mídias diversas, na espectativa de um possível esclarecimento para este caso ainda sem um final. |
Projeção da criança Carlinhos (na época, com 10 anos) para um futuro possível, 30 anos à frente (agora, com 42 anos). Alguns traços foram baseados nas linhas faciais históricas do pai e da mãe.O processo de transformação facial de Carlinhos progrediu até, aproximadamente, seus 18 anos. Segundo os professores Vanrel e Campos (2005) , a Antropometria baseia-se na tomada de medidas, ângulos e projeções das diferentes partes do corpo ou dos seus característicos mensuráveis. A Identificação Antropométrica estuda a Craneometria, isto é, à realização e exame das medições e relações antropométricas das diversas partes do crânio, visando estabelecer identidade quanto à constituição, ao sexo, à raça e à idade do indivíduo O objetivo deste ensaio
é oferecer um Carlinhos projetado, próximo da sua hipotética atual
aparência. | ||
Perspectiva | ||
Mãe - reprodução |
Pai - reprodução |
Perspectiva | |
Perspectiva frontal |
Perspectiva | ||
Hábito de barba similar aquela do pai |
Outra alternativa de cabelo |
Mais magro ou mais
gordo
Perspectiva
perspectiva |
Visual Grafus (Isnard
Martins)
Mapa de Inteligência e Investigação
PhotoShop 7.0 (Adobe M.R.)
Seqüência resumida de um exercício simples de
progressão de idade
Fase
1 Fase
2 Fase 3
Fase
4
Fase 5
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Conclusôes dos autores deste trabalho
No caso de crianças em desenvolvimento, a progressão de
idade aplicada a uma foto demonstra a variação da relação anatômica do
modelo a ser representado e basicamente é desenvolvida na configuração do
crânio do modelo, sem maiores preocupações do artista em reproduzir uma
progressão física ampla em relação a altura, peso e demais
características. Os métodos, técnicas e ferramentas utilizadas neste ensaio não esgotam as metodologias e processos periciais existentes ou outras teorias aplicadas na determinação, com melhor precisão, da idade e identificação de desaparecidos. A comprovação científica destes métodos necessita de tempo para acompanhamento dos experimentos e mensuração dos indicadores de eficiência dos casos de sucessos efetivamente comprovados. O fator tempo, entretanto, representa o maior obstáculo em quaisquer dos métodos utilizados, particularmente no caso de crianças desaparecidas, devido às suas contínuas mutações físicas. Porém, assim como nos sistemas de retratos falados, o que se obtém como produto da modelagem nas diversas metodologias aplicadas é a melhor das aproximações possibilitada pelas evidências coletadas. É uma combinação da tecnologia com a melhor das alternativas, produzida pelo somatório das investigações, fatos, fotos e, sobretudo, uma razoável criatividade orientada por todas as evidências que cercam o caso. Esperamos com este trabalho auxiliar
os esforços das autoridades e organizações dedicadas à busca de crianças
desaparecidas e, quem sabe, ajudar na obtenção, de alguma forma, da
resposta para a pergunta que o tempo não conseguiu calar: |
Bibliografia
Dantas,
George F. Sistemas
Biométricos de Identificação pela Imagem Facial. Consulta em Perito
Criminal, http://www.peritocriminal.com.br/biometria.htm, em maio de 2005 Borges dos Reis, Albani; et Al; Tratado De Perícias Criminalísticas - Identificação
Humana, de Editora Sagra Luzzato, Porto Alegre, 1999.
Moraes, Anamaria.; DESIGN E AVALIAÇÃO DE
INTERFACE - Editora iUsEr, Rio de Janeiro, 2002.
Norman,Donald.THINKING BEYOND WEB USABILITY. Disponível em:http://webword.com/interviews/norman.html
Santos , Robson. Ergonomização da
Interação Homem-Computador. Monografia PUC-Rio,
2000
Martins,
Isnard. Tools ergonomics for the graphic reproduction of facial images:
man or computer production? Anais do Congresso Internacional de Design da
Informação, setembro 2003, Recife, Pernambuco,
Brasil. Martins Isnard. Retrato Falado - Uma
Abordagem Prática. Documentação Técnica – Software PhotoComposer, em
2003. Vanrell,Jorge,
Campos
Maria B. ; consulta em
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Conteúdo reservado.
Qualquer divulgação, em
qualquer meio ou mídia, das composições originais ( faces projetadas
) desenvolvidas e exibidas neste site poderão ser divulgadas
mediante consulta e autorização prévia, citando sempre fonte da
pesquisa, autor e peritos autenticadores. Rio de Janeiro, 5 de dezembro de 2005. |