Alguns
resultados dos trabalhos executados poderão frustrar dos resultados
esperados pelo entrevistador. Por que? Primeira
razão É
possível que a percepção da imagem do suspeito na mente do
entrevistado não seja adequadamente fornecida por ocasião da
entrevista. Neste caso a face produzida refletirá uma aparência
distante daquela pretendida originalmente. Em alguns casos o simples
deslocamento sutil da boca ou da posição dos olhos ou ainda a
inadequada seleção de um molde apenas parecido, não igual, poderá
representar uma enorme diferença no trabalho
final. Segunda
razão Apesar
dos esforços do entrevistado interagindo com os moldes existentes,
este não consegue, porventura identificar aquele molde que melhor se
apresenta como mais próximo da sua imagem
mental. Terceira
razão A
falta de experiência do operador na confecção de retratos falados. É
importante exercitar e, sobretudo, saber conduzir a entrevista,
buscando sempre os detalhes mais nítidos e que melhor ficaram
gravados na mente do entrevistado, que, em muitas ocasiões,
permanece traumatizado pela violência a que foi
submetido. Nestes
casos eventuais, devemos adotar o procedimento seguido por diversos
profissionais experientes no desenvolvimento de retratos falados,
pesquisando aproximações convincentes do modelo mental desejado,
utilizando os recursos presentes em seu microcomputador, muita
habilidade na entrevista e paciência com o entrevistado. Um retrato
falado poderá durar muitas horas para ser eficientemente
produzido. As
facilidades gráficas presentemente incorporadas ao PhotoComposer
procuram cumprir
necessidades
específicas no tratamento complementar do retrato falado. O
ambiente gráfico de arte final do PhotoComposer é um recurso extra,
não sofisticado incorporado ao programa. Nada impede, entretanto que
o operador exporte a imagem, em formato bmp para um ambiente
sofisticado de tratamento gráfico para detalhes complementares ou
alteração do modelo original produzido pelo Photocomposer. Este
tratamento externo, todavia, exige Software adequado, habilidades e
experiência do operador em ambientes gráficos, raramente,
necessários para produção do trabalho final. Os trabalhos gráficos
não representam uma atividade complexa para o usuário do programa,
entretanto será recomendado algum treinamento na utilização,,
conhecimento dos efeitos e adequação da melhor ferramenta a ser
empregada na fase de acabamento do retrato falado.
A
entrevista, geralmente, representa um momento de aflição para o
entrevistado. Neste
momento, habilidade técnica e capacidade de conduzir a entrevista
com competência será decisiva para obtenção da melhor qualidade do
trabalho final. O conhecimento prévio de técnicas de tratamento
gráfico, representado pelos recursos suportados pelo aplicativo será
fundamental para abreviar a confecção do seu
modelo. Curiosamente,
alguns profissionais experientes de desenho à mão livre de retratos
falados, algumas vezes utilizam um software importado que, segundo
estes mesmos profissionais, não oferece um banco de imagens
capacitado à representação adequada do biótipo brasileiro,
utilizando-o apenas, na fase preliminar do trabalho, para o contorno
da cabeça, que apelidam de "boneca". Após a impressão do resultado
parcial, dão posterior continuidade ao modelo, desenhando os seus
traços fundamentais (olhos, boca, nariz, cabelo etc) sobre a
impressão inicial. Trata-se de uma solução Bibliografia MARTINS, Isnard. Tools’ ergonomics for
the graphic reproduction of facial images: man or computer
production ? Anais
do Congresso Internacional de Design da Informação, setembro 2003,
Recife, Pernambuco, Brasil. Martins
Isnard. Retrato Falado - Uma Abordagem Prática. Documentação Técnica
– Software PhotoComposer, em 2003. Galante Filho,
Helvétio ; Figini, Adriano da Luz ; Borges dos Reis, Albani ; Jobim,
Luiz Fernando; Silva, Moacyr ; Tratado De Perícias Criminalísticas -
Identificação Humana, de Editora Sagra Luzzato, Porto Alegre,
1999. Moraes, Anamaria.;
DESIGN E AVALIAÇÃO DE INTERFACE - Editora iUsEr, Rio de Janeiro,
2002. NORMAN, Donald. THINKING BEYOND WEB
USABILITY. Disponível
em:<http://webword.com/interviews/norman.html>
SANTOS, Robson Luís Gomes. ERGONOMIZAÇÃO DA INTERAÇÃO HOMEM-COMPUTADOR . Monografia PUC-Rio, 2000 Todos
os direitos reservados para o autor, Martins I, abril de
2005 |
Isnard Martins |